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segunda-feira, 7 de julho de 2008

1ª Dia de Férias


Hoje, o nosso 1º dia de Férias foi passado .... no Oceanário. Os míudos gostaram imenso, mas por fim já estavam cansados e sempre a perguntar quando é que vinhamos embora. À saída comemos um gelado cada um, acabando por assistir a uma queda da Rita que coitadinha esfacelou um joelho e chorou que se fartou. Para finalizar o passeio comprá-mos o CD das Just Girls à Rita, pois ela como fanática dos morangos com açucar, já uns tempos que vinha a pedir para lho comprar-mos ... ela adorou. Ainda contámos com as 458 birras do Diogo motivadas grande parte das vezes pelos ciumes que têm da irmã.

Quando cheguei a casa deparei-me com a triste notícia de que o Sergio do Blog: http://filhoparasempre.blogspot.com/ não conseguiu com que fosse realizada a Conferência de Pais agendada para hoje, pois a mãe do pequeno Gonçalo não compareceu. Assim, e lamentavelmente, mais uma vez os nossos Tribunais não actuaram em conformidade ... pois embora estando perante uma mãe que incumpre, até os seus deveres cívicos mais básicos ... não conseguiram rectificar a decisão anteriormente proferida ... e por isso, mais uma vez, a justiça e o superior interesse da criança .... ficaram para segundo plano!!!

Para terminar o meu dia, nada melhor do que uma ida ao dentista .... fazer uma limpeza e pagar uma pipa de massa!!!! (Não haja dúvida que há profissões muito rentáveis)!!!

Após o jantar, ... assisti pela segunda vez à Reportagem da Alexandra Borges cujo tema são os Cuidados Paliativos, tendo como personagem principal a Rita Garcia, uma doente oncológica em fase terminal. É-me impossível disfarçar as emoções ... sinto um enorme nó na garganta e as lágrimas escorrem sem parar .... tudo isto faz-me pensar ... e imaginar como a vida é somente uma passagem ... pelo que os conflitos em que andamos embranhados acabam por não ter nenhum significado. Temos que gozar a vida o mais possível, enquanto o nosso estado de saúde nos permite.

Não deixo de ficar preocupada com o que o futuro me reserva ... e mais uma vez, me fez lembrar que eu ... que tenho uma forte probabilidade de poder vir a padecer deste mal ... tenho de ter cuidado ... mas infelizmente tenho mais MEDO do que cuidado!!! TENHO TANTO MEDO ... TANTO PAVOR ... que me recuso a lidar realmente com a minha forte probabilidade!!!!

Espero que amanhã me sinta melhor psicologicamente ... porque hoje sinto-me baralhada, confusa .... e triste por constatar que este mundo está replecto de injustiças!

4 comentários:

Anónimo disse...

O Oceanário é um sítio lindo para levar as crianças. Dar-lhes a provar um bocadinho do "gostinho" do fundo do mar.
Vi a reportagem a que te referes e é, efectivamente, muito comovente. É duro ver alguém a partir desta forma, um bocadinho de cada vez... Mas não podemos pensar nessas coisas, senão a vida nem tem sabor!!
Devo acrescentar como nota de rodapé (e com todo o respito pela doença da Rita) que ela é apesar de tudo uma previligiada. A maioria dos doentes terminais está longe de ter aquela assistência médica, psicológica, financeira, familiar, etc. Aquela senhora está internada num dos mais dispendiosos centros hospitalares particulares do país, com acesso a tudo quando há de mais moderno e sofisticado no nosso país. Tem pessoal de saúde altamente qualificado e com qualidades humanas óbvias a tomar conta dela, etc, etc...
Conheces muitos doentes terminais e/ ou idosos que beneficiem do mesmo?
Beijos e aproveita a VIDA,

Mamã e Tesourinhos disse...

Olá Filipa!
O Oceanário é um dos locais que mais gosto de ir e de levar os meus Tesourinhos (será que é por ser peixes de signo?). Lá sinto uma paz e uma tranquilidade imensa.

Quanto à nossa justiça, é realmente uma tristesa. Tive a seguinte experiência: uma avó que ficou a vegetar durante um ano e que tive que arcar durante esse tempo com as despesas dela porque não quis que eu e o meu irmão tivessemos acesso à sua conta bancária. A única alternativa seria pedir ao Tribunal que me nomeasse curadora dela. A nossa advogada entregou logo atestados médicos atestando a sua impossibilidade de deslocar. Pois não é que o tribunal começou por convocá-la para uma audiência? Mais papelada a dizer que ela não podia deslocar-se...
Mais ou menos em simultâneo, uma sobrinha dela pôs uma acção no tribunal do trabalho contra ela. Como não podia responder por ela própria, quem é que foi chamada? EU! O primeiro processo acabou ao fim de menos de um ano porque a minha avó acabou por falecer e sem ter havido uma única audiência. O segundo demorou um pouco mais, mas como a minha prima alegou haver herança, tivemos mesmo que responder... "Estranhamente" o valor de indemnnização aproximava-se ao valor que a minha avó tinha numa poupança e a juíza apercebeu-se que a verdade era pouca, não era tudo mentira, mas também havia muita fita pelo meio. Ainda tive que pagar 5.000 € à dita. A juntar a isto tudo, as despesas de advogado e deslocação (pois eu moro em Lisboa e o tribunal era em Guimarães) e, o que mais me custou, ter um filhote que nasceu durante este processo todo e que acabou por "sofrer" com viagens no início e depois com a nossa ausência. Felizmente que pude pagar isto tudo, mas revoltou-me muito todas as situações porque passei e fiz os que estão perto de mim passar.

Quanto aos cuidados paleativos, não assisti à reportagem, mas tenho duas histórias para contar: primeiro a minha mãe que teve um cancro no fígado e que só lhe foi diagnosticado 15 dias antes de falecer. Quando o médico viu a ecografia disse apenas ao meu pai que nada havia a fazer, apenas ir para o hospital e esperar. Ir para o hospital? Sim, para ter acompanhamento nos últimos dias, para não sofrer. Claro que como podíamos pagar, foi para um hospital particular. Menos de dois anos depois, foi com o meu avô. Tinha-lhe sido diagnosticado um cancro nos intestinos, que foi operado, mas não lhe davam mais do que um ano de vida pois estava bastante avançado. Estive com ele 15 dias antes de falecer. Que impressão me fez. Não consegui estar o fim de semana todo com ele. Falei com a minha avó em arranjarmos um apoio para eles. Não quis, os visinhos ajudam (ou desajudam). Sei que nos dois últimos dias ele sofreu imenso com dores, chegando mesmo a recusar a ajuda da minha avó, não querendo que ela estivesse ao pé dele. Tentaram levá-lo ao hospital público para lhe darem alguma coisa para acalmar as dores/sofrimento. Foi com veio: sem nada para as dores, ou melhor, com o recado para não voltar. Acabou por entrar em coma e mesmo assim a médica só disse: vão-lhe molhando os lábios. Revoltante! Quem pode pagar, tem direito a tudo, quem quer acreditar no sistema nacional de saúde, tem que se aguentar.

Desculpa, este comentário já vai looonnngggooo, mas não quis deixar de partilhar a minha experiência.

Goza as férias com os teus pequenos!

Fica bem.
Bjs

Ângela Vieira disse...

Olá!
é um lido sítio para visitar com os pequenotes.
Bom começo!
Espero que se continuem a divertir muito!
Sim, o meu marido quando está em casa também não gosta muito que eu ande por cá...Homens!!

Beijocas babadas e boas férias!

Paula Silva disse...

vá ...bjinho gôdo e xi-coração