Estou tão danada, tão danada, tão danada, que provavelmente este post vai cheirar a fel.
Sinceramente chego à triste conclusão que só me tenho saído mal a ser educada, compreensiva, e tentar por agua na fervura mediante os conflitos que na minha vida têm surgido.
Não sou, nem nunca fui materialista, e talvez no meu caso isso não essa uma virtude mas um enorme defeito que me têm lesado fortemente.
Como já vos disse em tempos, a minha mãe tem-se apoderado de tudo quanto é meu, e educou-me fazendo-me ver que enquanto eu estivesse na casa dela, o meu ordenado lhe deveria ser entregue por forma a ela fazer a gestão do mesmo a seu belo prazer, alegando, como sempre o fez, que eu tinha um filho para sustentar. Nunca contestei a medida, até porque na sua génese concordava com ela. Fui assim educada e sempre consenti, sem colocar questões ou sem me sentir chocada com a medida. Contudo ao longo dos anos, e conforme a minha vida foi mudando, fui-me apercebendo que afinal ela estava a usar para seu governo um dinheiro que era meu por direito/moral, pelo que afinal quem a sustentava era eu, já que ela aproveitou o seguro e o voto de confiança do meu pai para investir o dinheiro numa casa donde ainda hoje tira proveitos.
Eu aluguei casa, quando fui viver com o meu actual marido, nós comprámos casa e nunca aquela alminha se disponibilizou para abdicar desse bem, para me devolver o que era meu.
Agora com 70 anos, já sente que sozinha não tem capacidade para arcar com os inconvenientes de ter uma casa para alugar, pois há limpezas para fazer, mostrar a casa aos interessados, deslocações para esse efeito, contactos telefónicos, realização de contratos, etc, e então, tem sobrado para mim todos esses inconvenientes.
Tudo isto até seria normal ... mas a verdade é que esta minha disponibilidade me aviva a memória e me relembra que estou a ser usada para além de roubada. Mas afinal de contas qual é o meu papel nisto tudo? Não estou eu a fazer de Otária? Não será isto um abuso à minha capacidade de deitar para trás das costas estas questões?
Ontem levámos o dia de volta da nova casa dela, a montar cortinados, limpar estores e vidros e a montar candeeiros, já que a minha mãe, embora não o sendo, parece estar perfeitamente paralitica. Não mexe uma mãozinha para nada. Assim nós (eu e o meu marido) trabalhámos que nem uns doidos enquanto ela goza as vistas e o meu dinheiro.
E então, não será normal, eu ter alguma contrapartida? Ou a minha educação tem de dar para tudo? Por alma de quem é que tenho de trabalhar para ela? Devia ser por amor e consideração, mas sinceramente, os abusos dela são tão evidentes, que não tenho vontade de lhe fazer nada.
Hoje veio novamente para me pedir para a levar à Parede por causa da dita casa. Foi o suficiente para mais uma vez a lembrar que se tomou a decisão de se apoderar de algo que é meu, para dele tirar rendimento, que então tem de estar com a mesma disponibilidade/capacidade, para arcar com os inconvenientes disso mesmo, porque eu já começo a ter alguma dificuldade em engolir tantos sapos e desconsiderações.
À uns dias ouviu-me queixar-me do dente e dizer que o que me dava jeito era um seguro de saúde. E não é que ainda teve a distinta lata de me dizer que lamentavelmente não me poderia ajudar. Epá eu faço um esforço sobrenatural para não explodir ... mas hoje não consegui, pelo que lá lhe disse mais uma vez, que ela não é séria, e que eu estava cansada de a ajudar, e eis que me responde ... então e eu não te tenho ajudado? (ai agarrem-me ou internem-me no manicómio mais próximo). Ajudado?, mas em quê, que eu não dei conta.
Claro que ela explicou. É que há cerca de 2 anos, ela entendeu que eu estava muito gorda (e entendeu bem) e incentivou-me e pagou um tratamento de emagrecimento na Persona.
Quando ela me diz isto, conseguiu fazer vir ao de cimo o que de pior há em mim, pelo que lá lhe tive de relembrar que ela pagou voluntariamente o tratamento porque mo quis oferecer, contrariamente ao que me aconteceu a mim, pois quando vendemos a vivenda que o meu pai me deixou a mim e aos meus irmãos, ela porque fazia a gestão do que era meu ... gastou a seu belo prazer, nomeadamente em melhoramentos da casa que agora vendeu, e que curiosamente foi um valor bastante superior!!
Então, cadê as ajudas? que eu não as vejo!! Então só a mim me cabe a obrigação de ajudar porque sou filha?. Não lhe caberá a ela a obrigação de ajudar porque é mãe (já para não falar do resto?)
Epá, isto é mesquinho .... mas começo a ficar irritada, quando me tenta mandar areia para os olhos!!!
Estou farta de dar sem receber (e pior, pagar e ter despesas com as coisas dela), e de ter mãe só para me dar chatices, confusões, trabalho e desgostos.
A partir de hoje, vou por em pratica aquilo que sempre a vi fazer .... vou lidar com ela por interesse. Ou me paga bem, ... ou terá de pagar a alguém que lhe apare os golpes, exigências e prepotências.
A partir de hoje serei um ser humano .... desprezível ... mas otária é que não!!!!!
PS - Num tarda nada estou a chegar à conclusão que afinal o André é que a sabe toda!! Esse nunca se deixou ficar a perder!!!
Sinceramente chego à triste conclusão que só me tenho saído mal a ser educada, compreensiva, e tentar por agua na fervura mediante os conflitos que na minha vida têm surgido.
Não sou, nem nunca fui materialista, e talvez no meu caso isso não essa uma virtude mas um enorme defeito que me têm lesado fortemente.
Como já vos disse em tempos, a minha mãe tem-se apoderado de tudo quanto é meu, e educou-me fazendo-me ver que enquanto eu estivesse na casa dela, o meu ordenado lhe deveria ser entregue por forma a ela fazer a gestão do mesmo a seu belo prazer, alegando, como sempre o fez, que eu tinha um filho para sustentar. Nunca contestei a medida, até porque na sua génese concordava com ela. Fui assim educada e sempre consenti, sem colocar questões ou sem me sentir chocada com a medida. Contudo ao longo dos anos, e conforme a minha vida foi mudando, fui-me apercebendo que afinal ela estava a usar para seu governo um dinheiro que era meu por direito/moral, pelo que afinal quem a sustentava era eu, já que ela aproveitou o seguro e o voto de confiança do meu pai para investir o dinheiro numa casa donde ainda hoje tira proveitos.
Eu aluguei casa, quando fui viver com o meu actual marido, nós comprámos casa e nunca aquela alminha se disponibilizou para abdicar desse bem, para me devolver o que era meu.
Agora com 70 anos, já sente que sozinha não tem capacidade para arcar com os inconvenientes de ter uma casa para alugar, pois há limpezas para fazer, mostrar a casa aos interessados, deslocações para esse efeito, contactos telefónicos, realização de contratos, etc, e então, tem sobrado para mim todos esses inconvenientes.
Tudo isto até seria normal ... mas a verdade é que esta minha disponibilidade me aviva a memória e me relembra que estou a ser usada para além de roubada. Mas afinal de contas qual é o meu papel nisto tudo? Não estou eu a fazer de Otária? Não será isto um abuso à minha capacidade de deitar para trás das costas estas questões?
Ontem levámos o dia de volta da nova casa dela, a montar cortinados, limpar estores e vidros e a montar candeeiros, já que a minha mãe, embora não o sendo, parece estar perfeitamente paralitica. Não mexe uma mãozinha para nada. Assim nós (eu e o meu marido) trabalhámos que nem uns doidos enquanto ela goza as vistas e o meu dinheiro.
E então, não será normal, eu ter alguma contrapartida? Ou a minha educação tem de dar para tudo? Por alma de quem é que tenho de trabalhar para ela? Devia ser por amor e consideração, mas sinceramente, os abusos dela são tão evidentes, que não tenho vontade de lhe fazer nada.
Hoje veio novamente para me pedir para a levar à Parede por causa da dita casa. Foi o suficiente para mais uma vez a lembrar que se tomou a decisão de se apoderar de algo que é meu, para dele tirar rendimento, que então tem de estar com a mesma disponibilidade/capacidade, para arcar com os inconvenientes disso mesmo, porque eu já começo a ter alguma dificuldade em engolir tantos sapos e desconsiderações.
À uns dias ouviu-me queixar-me do dente e dizer que o que me dava jeito era um seguro de saúde. E não é que ainda teve a distinta lata de me dizer que lamentavelmente não me poderia ajudar. Epá eu faço um esforço sobrenatural para não explodir ... mas hoje não consegui, pelo que lá lhe disse mais uma vez, que ela não é séria, e que eu estava cansada de a ajudar, e eis que me responde ... então e eu não te tenho ajudado? (ai agarrem-me ou internem-me no manicómio mais próximo). Ajudado?, mas em quê, que eu não dei conta.
Claro que ela explicou. É que há cerca de 2 anos, ela entendeu que eu estava muito gorda (e entendeu bem) e incentivou-me e pagou um tratamento de emagrecimento na Persona.
Quando ela me diz isto, conseguiu fazer vir ao de cimo o que de pior há em mim, pelo que lá lhe tive de relembrar que ela pagou voluntariamente o tratamento porque mo quis oferecer, contrariamente ao que me aconteceu a mim, pois quando vendemos a vivenda que o meu pai me deixou a mim e aos meus irmãos, ela porque fazia a gestão do que era meu ... gastou a seu belo prazer, nomeadamente em melhoramentos da casa que agora vendeu, e que curiosamente foi um valor bastante superior!!
Então, cadê as ajudas? que eu não as vejo!! Então só a mim me cabe a obrigação de ajudar porque sou filha?. Não lhe caberá a ela a obrigação de ajudar porque é mãe (já para não falar do resto?)
Epá, isto é mesquinho .... mas começo a ficar irritada, quando me tenta mandar areia para os olhos!!!
Estou farta de dar sem receber (e pior, pagar e ter despesas com as coisas dela), e de ter mãe só para me dar chatices, confusões, trabalho e desgostos.
A partir de hoje, vou por em pratica aquilo que sempre a vi fazer .... vou lidar com ela por interesse. Ou me paga bem, ... ou terá de pagar a alguém que lhe apare os golpes, exigências e prepotências.
A partir de hoje serei um ser humano .... desprezível ... mas otária é que não!!!!!
PS - Num tarda nada estou a chegar à conclusão que afinal o André é que a sabe toda!! Esse nunca se deixou ficar a perder!!!
9 comentários:
olá
tens toda a razão não te deixes levar, eu sei bem o que sentes
não que tenha uma mãe a sim mas tenho uma tia a sim que so pensa nela.
Pensa mais em ti
beijinhos
Força! Não se deixe ir abaixo.
Beijinho*
Olá!
Depois de alguma ausência e aproveitando o facto de estarmos de férias vimos por as visitas em dia...
Estamos de passagem para deixar um beijinho muito grande :)
Vejo que as coisas andam complicadas por ai...rapariga mereces alguma paz...
Desejo-te tudo de bom, já sabes.
Ângela e Tomás
Realmente... não há palavras. É horrível descobrir que as pessoas a quem devíamos amar e respeitar, são as que nos causam mais chatices. Não há direito. Ela está a parecer-me igual a alguém que conhecemos, uma senhora que é minha sogra. Fazia o mesmo ao Quim... tirava-lhe o dinheiro todo qdo ele trabalhava com o pai... não é à toa que as pessoas passam-se dos carretos e fazem bobagens. Eu sei o que sentes, porque também já passei p isso. Qdo cá cheguei, o sr. meu marido, dizia que eu não saberia gerir o meu dinheiro pela diferença da moeda, (real no brasil, conto de réis aqui)... então, o querido ficava-me com todo o dinheiro e "geria-o" muito bem, ao seu proveito; claro. Almoços com os amigos, jantares e saídas à noite (que eu não podia ir para não me cansar... precisava trabalhar). Até que me cansei e pus os pontos nos ís. A partir daí deixei de ser boa esposa para ser mesquinha, egoísta e outros adjectivos mais que ele usa para me classificar. Mas infelizmente, só aprendemos assim. Quando levamos na cabeça. Não te deixes "escravizar", seja por quem for. Ninguém merece nosso esforço, gratidão ou seja que sentimento for , qdo nos tratam de maneira tão mesquinha.
Um beijo
Amiga, isso é surreal! Mas ela vendeu uma casa que era tua e dos teus irmãos????PAra fazer isso por lei, ela teria que ter o seu usofruto, bem como do apartamento de que falas, se tem usofruto, tem o direito aos rendimentos que ele lhe trouxer até morrer....Caso contrario e se fosse comigo, a renda era para mim!! Mas nem imagino um filme desses, porque a minha mãe é uma super-mãe que nos ajuda muito!!
Beijocas e força!
Já ontem comentei, mas hoje sinto-me na obrigação de comentar de forma diferente... Já não sei como vim parar ao Blog, mas depois de o começar a ler não consegui parar. Estou a dever horas à cama porque entre ontem e hoje li o blog desde o primeiro post até ao último. Para já...
PARABÉNS, a si e ao seu marido, por serem os pais que são. Em segundo lugar, não está sozinha. Tenho na minha família um caso parecidíssimo, revi-o em todas as histórias mirabolantes do André. Um dia, se estiver interessada, conto-lhe alguns pormenores, por msn ou mail. Obrigada pela oportunidade que me deu de sentir também que nós não estamos sozinhos.
Um abraço e beijo do tamanho do mundo**
ás vezes temos bater com a cabeça para abrir os olhos ..mas lá está tb não é do teu feitio Filipa
uma grande beijo que bem precisas
bjs
paula
Infelizmente aprendemos sempre com as coisas más que a vida nos dá...
Mas tu és uma pessoa má, tu sabes que não és e por isso ajudas a tua mãe apesar de tudo o que se passou...
É o tipo de pessoa que és.
Sentes-te magoada, mas vais encontrar o caminho a seguir sem tanta mágoa...
Coragem...é só mais uma pedra no caminho
Ola Querida
Estive a ler os teus posts e parece que as coisas nao têm estado muito bem para esses lados, o que me deixa triste por ti, tu que tentas sempre ajudar toda a gente, ainda por cima tentam aproveitar-se de ti, enfim amiga...
Espero que estejas bem do dentito que te deu que fazer!
Beijocas
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