Ontem após o dialogo que tivemos, o pai do André disse-lhe que se faz questão de ter condutas de mero delinquente, então aqui ao pé de nós não é o seu lugar, pelo que não o poderíamos ter em casa.
Há semanas demos-lhe a mão, mediante uma condição: ele procurar trabalho (até porque era isso a que ele se propunha). Todos sabemos, e nós também, que está complicado arranjar trabalho, principalmente para aqueles que não têm qualquer qualificação (como é o seu caso), restando-hes apenas tentar marcar a diferença, quiçá pela sua garra e determinação. Não é o caso do André. Se muitos se podem queixar que isto está mau, que estamos em crise, e que o mercado de trabalho está estagnado, esse alguém não é o André, já que ele nem se disponibiliza para procurar. Se ele o tivesse feito e não tivesse conseguido, seriamos os primeiros a perceber e a incentivá-lo a continuar a lutar ... pois a oportunidade mais tarde ou mais cedo acabaria por surgir.
Infelizmente, a postura dele é de completa passividade, vivendo na ilusão de que qualquer dia será "alguém" sem conseguir contudo, explicar como. Põe e dispõe de tudo quanto é nosso sem pudores, revelando um excessivo abuso e indeferença perante os nossos bens que tanto custaram e custam a ganhar.
A situação é dificil de gerir, pois este malfadado sentimento maternal não me permite desligar o botão, sem que esse gesto, implique sofrimento e dor. Gostava de me desligar, de poder pensar exclusivamente nos meus filhos mais novos, de me concentrar só neles sem me sentir magoada por ver, que tantos mas tantos jovens se esforçam, tantos e tantos sem condições lutam e conseguem atingir os seus objectivos, acabando por se tornarem cidadãos exemplares, e mesmo que não o sejam, são auto-suficientes, e embora com feitios complicados, não se vêem envolvidos nos problemas e nas redes em que o André circula.
Ontem já era noite ... não era altura para ele sair ... seria hoje o dia, em que mais uma vez sem qualquer resultado, ele tinha que sair. Aquela imagem de o ver pegar nas coisas e sair sem rumo, sem poiso certo, sem protecção, é muitoooo complicada, mas, pelo menos para nós, dado os factos passados e presentes ... seria inevitável. Ele saiu hoje, com um "até amanhã ou qualquer coisa assim" de chinelos e calções, deixando todos os seus pertences cá em casa.
Mal saiu, contactou telefonicamente a avó. Queria falar com ela, quicá para lhe pedir desculpa, mas aquelas desculpas, que não sentidas, mas que surgem somente como mote para formular um pedido. O pedido nem sequer surgiu, porque a possibilidade de diálogo não lhe foi concedida. Suspeitámos que se preparava para lhe pedir a chave da casa em que abusivamente entrou, e que retomou à posse da minha mãe na tarde de ontem. Lamentou-se à minha mãe que o pai o tinha posto na rua.
Mais uma vez, vem o discurso do pobre coitado, utilizando a situação em que se colocou, como forma de manipulação, com vista a comover todos quantos não o conhecem suficientemente bem. Este esquema já resultou melhor do que hoje em dia ... já que os que outrora o apoiaram, já sofreram na pele e pagaram caro esse apoio que lhe prestaram.
Fica ainda aqui o registo, para mais tarde recordar, já que os acontecimentos são tantos que por vezes já começo a ter alguma dificuldade em me lembrar deles, e pior, começo a desvalorizar comportamentos que são na sua génese graves, mas que a sua constante ocorrência me faz com que não lhe dê o devido valor.
Esta madrugada ao tentar aceder à minha conta bancária via net ... deparei-me com o seu bloqueamento. Contactado o banco, fui informada que a bloquearam em consequência de excesso de tentativas de acesso. Se só eu acedo, e conheço bem os códigos ... só encontro uma explicação, e não vai necessário explicar qual, pois não?.
Na semana passada, passei pelo vexame de me virem bater á porta o administrador e vice-administradora do condominio onde moramos. Tinham recebido um alerta da vizinhança, pois dois jovens (ele e outro amiguinho como ele, que as pessoas que denunciaram não conhecem,) entraram no condominio, tendo estado longos momentos em amena cavaqueira e a fumar, dentro do recinto do condominio. Pior, tinham sido deixadas duas pontas de dois charros a um canto.
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii .....que eu devo ter ficado de todas as cores. Chamei o André para que ele próprio ouvisse a advertência dos vizinhos, tendo ele ficado impávido e sereno, sendo notórios os seus pensamentos: "mas por alma de quem eu não posso fumar dentro de um condomínio que também é dos meus pais?"
Ele não consegue perceber que para vivermos em condomínio há regras a cumprir, pelo que é legítimo aos meus vizinhos sentirem-se incomodados por verem que alguém faz de um espaço comum uma "sala" de chuto.
Mais uma vez, fiz um esforço sobrenatural para não denunciar a situação ao pai ... pois se há coisas que não tolera(ramos) é termos de nos sujeitar à humilhação de recebermos advertências ... e muito menos deste tipo. Mais uma situação lamentável!!
E pronto ... já desabafei mais um bocadinho com quem me lê.
Filipa
Há semanas demos-lhe a mão, mediante uma condição: ele procurar trabalho (até porque era isso a que ele se propunha). Todos sabemos, e nós também, que está complicado arranjar trabalho, principalmente para aqueles que não têm qualquer qualificação (como é o seu caso), restando-hes apenas tentar marcar a diferença, quiçá pela sua garra e determinação. Não é o caso do André. Se muitos se podem queixar que isto está mau, que estamos em crise, e que o mercado de trabalho está estagnado, esse alguém não é o André, já que ele nem se disponibiliza para procurar. Se ele o tivesse feito e não tivesse conseguido, seriamos os primeiros a perceber e a incentivá-lo a continuar a lutar ... pois a oportunidade mais tarde ou mais cedo acabaria por surgir.
Infelizmente, a postura dele é de completa passividade, vivendo na ilusão de que qualquer dia será "alguém" sem conseguir contudo, explicar como. Põe e dispõe de tudo quanto é nosso sem pudores, revelando um excessivo abuso e indeferença perante os nossos bens que tanto custaram e custam a ganhar.
A situação é dificil de gerir, pois este malfadado sentimento maternal não me permite desligar o botão, sem que esse gesto, implique sofrimento e dor. Gostava de me desligar, de poder pensar exclusivamente nos meus filhos mais novos, de me concentrar só neles sem me sentir magoada por ver, que tantos mas tantos jovens se esforçam, tantos e tantos sem condições lutam e conseguem atingir os seus objectivos, acabando por se tornarem cidadãos exemplares, e mesmo que não o sejam, são auto-suficientes, e embora com feitios complicados, não se vêem envolvidos nos problemas e nas redes em que o André circula.
Ontem já era noite ... não era altura para ele sair ... seria hoje o dia, em que mais uma vez sem qualquer resultado, ele tinha que sair. Aquela imagem de o ver pegar nas coisas e sair sem rumo, sem poiso certo, sem protecção, é muitoooo complicada, mas, pelo menos para nós, dado os factos passados e presentes ... seria inevitável. Ele saiu hoje, com um "até amanhã ou qualquer coisa assim" de chinelos e calções, deixando todos os seus pertences cá em casa.
Mal saiu, contactou telefonicamente a avó. Queria falar com ela, quicá para lhe pedir desculpa, mas aquelas desculpas, que não sentidas, mas que surgem somente como mote para formular um pedido. O pedido nem sequer surgiu, porque a possibilidade de diálogo não lhe foi concedida. Suspeitámos que se preparava para lhe pedir a chave da casa em que abusivamente entrou, e que retomou à posse da minha mãe na tarde de ontem. Lamentou-se à minha mãe que o pai o tinha posto na rua.
Mais uma vez, vem o discurso do pobre coitado, utilizando a situação em que se colocou, como forma de manipulação, com vista a comover todos quantos não o conhecem suficientemente bem. Este esquema já resultou melhor do que hoje em dia ... já que os que outrora o apoiaram, já sofreram na pele e pagaram caro esse apoio que lhe prestaram.
Fica ainda aqui o registo, para mais tarde recordar, já que os acontecimentos são tantos que por vezes já começo a ter alguma dificuldade em me lembrar deles, e pior, começo a desvalorizar comportamentos que são na sua génese graves, mas que a sua constante ocorrência me faz com que não lhe dê o devido valor.
Esta madrugada ao tentar aceder à minha conta bancária via net ... deparei-me com o seu bloqueamento. Contactado o banco, fui informada que a bloquearam em consequência de excesso de tentativas de acesso. Se só eu acedo, e conheço bem os códigos ... só encontro uma explicação, e não vai necessário explicar qual, pois não?.
Na semana passada, passei pelo vexame de me virem bater á porta o administrador e vice-administradora do condominio onde moramos. Tinham recebido um alerta da vizinhança, pois dois jovens (ele e outro amiguinho como ele, que as pessoas que denunciaram não conhecem,) entraram no condominio, tendo estado longos momentos em amena cavaqueira e a fumar, dentro do recinto do condominio. Pior, tinham sido deixadas duas pontas de dois charros a um canto.
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii .....que eu devo ter ficado de todas as cores. Chamei o André para que ele próprio ouvisse a advertência dos vizinhos, tendo ele ficado impávido e sereno, sendo notórios os seus pensamentos: "mas por alma de quem eu não posso fumar dentro de um condomínio que também é dos meus pais?"
Ele não consegue perceber que para vivermos em condomínio há regras a cumprir, pelo que é legítimo aos meus vizinhos sentirem-se incomodados por verem que alguém faz de um espaço comum uma "sala" de chuto.
Mais uma vez, fiz um esforço sobrenatural para não denunciar a situação ao pai ... pois se há coisas que não tolera(ramos) é termos de nos sujeitar à humilhação de recebermos advertências ... e muito menos deste tipo. Mais uma situação lamentável!!
E pronto ... já desabafei mais um bocadinho com quem me lê.
Filipa
11 comentários:
Desabafar faz bem Filipa! E se não lava a alma, pelo menos faz com que nos sintamos mais leve!
Beijo grande
(não te posso dizer nada que já não saibas, ou não tenhas tentado...como sinto o coração apertado ao olhar o meu Rafa depois de um dia desgastante...)
Amiga, nem sei que te dizer mais. Sabes que estamos por aqui, sempre que precisares.
Sinto muito tudo o que tens passado. Vocês mereciam ter um retorno bastante melhor!
Fica bem.
Bjs.
querida amiga venho aqui sò para deixar um grande beijinho vou estar de férias no nosso Portugal
beijinhos grandes angelina
Oh amiga,é uma atrás da outra e cada uma pior que a outra...sinceramente,que m&rd@ de situação essa...
Coragem amiga e nao voltes atrás com a tua palavra,pelo menos,não agora,para que ele perceba os limites de uma vez por todas.Por mais que te custe (e vai custar muito) ignora-o por uns tempos,dá-lhe um gelo e mostra-lhe o quanto estás magoada e indignada com a sua conduta.Conheces pouco da minha historia com a minha Patricia,mas olha que deu resultado tomar esta atitude.
Sei que nao ha um termo de comparação entre os nossos filhos,a nao ser o facto de serem revoltados e nossos filhos.
Força amiga.
Beijos
Teresa Caixeirinho
Não queria estar no teu lugar pois sei que o coração de mãe não te deixa passar ao lado destas situações e deve estar despedaçado.
Um beijinho muito grande e muita força para o fututo.
Sandra
Bom dia Filipinha.
Primeiro não tens que pedir desculpa por andar ausente.
Eu cada vez que te leio assim, nunca sei o que te dizer, nem me quero imaginar numa situação assim, não sei o que faria.
Quando te leio assim só me apetecia dar uns tabefes nesse miudo e enfia-lo trancada num internato, a serio minha querida que raio sina a tua.
Um beijão enorme e muita força.
Muitos miminhos nos pequenos.
Desabafa o que quiseres, por menos de mim receberas sempre um beijinho grande.
ai amiga que inferno ... olha ao contrario do que tu disseste quanto menos qualificações mais oportunidades tens na vida, foi sobre isso que escrevi no meu blogue ontem, o centro de emprego promove agora as novas oportunidades que reconhecimento de competencias ou formaçao profissional para quem tem apenas a 4ª classe, se o André quisesse algo na vida tinha ai boas hipoteses.
Lamento mais uma vez ... mas o melhor mesmo é mudares de numero de telemovel .. e desligares o botao como dizes ...
beijinhos e um abraço enorme!
Lamento que seja assim… lamento que nada nem ninguém possa aliviar a dor que te dilacera o coração… só me resta desejar que ele mude e que um dia seja feliz!
A tua atitude só demonstra o quanto o amas. Ele não tem essa noção, de momento, mas no futuro será diferente… espero.
Beijos
Tété & Xavier
Que Deus vos ajude a todos! Como mãe sigo o seu blog por solidariedade e dando graças por não estar neste mundo na 1ªpessoa mas que conheço aqui ao lado!
ai filipa...imagino como seja tao dificil e enervante lidar com situaçoes dessas :(
se ele quisesse mesmo trabalhar ja teria arranjado algo, mas infelizmente esta mais k visto k so quer boa vida...nao entendo...
coragem e boa sorte, amiga! bjs*
Realmente não há muito que te possamos dizer perante uma situação destas. Desejo apenas que tenhas muita força e que não desistas de ti, nem dos teus outros dois filhos e do teu marido. Voces merecem paz e armonia, porque realmente depois disto, seria impossivel nao terem ficado abalados.
Força e coragem.
Um beijinhos,
Susana
Enviar um comentário