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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Otária é que NÃO!!!

Estou tão danada, tão danada, tão danada, que provavelmente este post vai cheirar a fel.

Sinceramente chego à triste conclusão que só me tenho saído mal a ser educada, compreensiva, e tentar por agua na fervura mediante os conflitos que na minha vida têm surgido.

Não sou, nem nunca fui materialista, e talvez no meu caso isso não essa uma virtude mas um enorme defeito que me têm lesado fortemente.

Como já vos disse em tempos, a minha mãe tem-se apoderado de tudo quanto é meu, e educou-me fazendo-me ver que enquanto eu estivesse na casa dela, o meu ordenado lhe deveria ser entregue por forma a ela fazer a gestão do mesmo a seu belo prazer, alegando, como sempre o fez, que eu tinha um filho para sustentar. Nunca contestei a medida, até porque na sua génese concordava com ela. Fui assim educada e sempre consenti, sem colocar questões ou sem me sentir chocada com a medida. Contudo ao longo dos anos, e conforme a minha vida foi mudando, fui-me apercebendo que afinal ela estava a usar para seu governo um dinheiro que era meu por direito/moral, pelo que afinal quem a sustentava era eu, já que ela aproveitou o seguro e o voto de confiança do meu pai para investir o dinheiro numa casa donde ainda hoje tira proveitos.

Eu aluguei casa, quando fui viver com o meu actual marido, nós comprámos casa e nunca aquela alminha se disponibilizou para abdicar desse bem, para me devolver o que era meu.

Agora com 70 anos, já sente que sozinha não tem capacidade para arcar com os inconvenientes de ter uma casa para alugar, pois há limpezas para fazer, mostrar a casa aos interessados, deslocações para esse efeito, contactos telefónicos, realização de contratos, etc, e então, tem sobrado para mim todos esses inconvenientes.

Tudo isto até seria normal ... mas a verdade é que esta minha disponibilidade me aviva a memória e me relembra que estou a ser usada para além de roubada. Mas afinal de contas qual é o meu papel nisto tudo? Não estou eu a fazer de Otária? Não será isto um abuso à minha capacidade de deitar para trás das costas estas questões?

Ontem levámos o dia de volta da nova casa dela, a montar cortinados, limpar estores e vidros e a montar candeeiros, já que a minha mãe, embora não o sendo, parece estar perfeitamente paralitica. Não mexe uma mãozinha para nada. Assim nós (eu e o meu marido) trabalhámos que nem uns doidos enquanto ela goza as vistas e o meu dinheiro.

E então, não será normal, eu ter alguma contrapartida? Ou a minha educação tem de dar para tudo? Por alma de quem é que tenho de trabalhar para ela? Devia ser por amor e consideração, mas sinceramente, os abusos dela são tão evidentes, que não tenho vontade de lhe fazer nada.

Hoje veio novamente para me pedir para a levar à Parede por causa da dita casa. Foi o suficiente para mais uma vez a lembrar que se tomou a decisão de se apoderar de algo que é meu, para dele tirar rendimento, que então tem de estar com a mesma disponibilidade/capacidade, para arcar com os inconvenientes disso mesmo, porque eu já começo a ter alguma dificuldade em engolir tantos sapos e desconsiderações.

À uns dias ouviu-me queixar-me do dente e dizer que o que me dava jeito era um seguro de saúde. E não é que ainda teve a distinta lata de me dizer que lamentavelmente não me poderia ajudar. Epá eu faço um esforço sobrenatural para não explodir ... mas hoje não consegui, pelo que lá lhe disse mais uma vez, que ela não é séria, e que eu estava cansada de a ajudar, e eis que me responde ... então e eu não te tenho ajudado? (ai agarrem-me ou internem-me no manicómio mais próximo). Ajudado?, mas em quê, que eu não dei conta.

Claro que ela explicou. É que há cerca de 2 anos, ela entendeu que eu estava muito gorda (e entendeu bem) e incentivou-me e pagou um tratamento de emagrecimento na Persona.

Quando ela me diz isto, conseguiu fazer vir ao de cimo o que de pior há em mim, pelo que lá lhe tive de relembrar que ela pagou voluntariamente o tratamento porque mo quis oferecer, contrariamente ao que me aconteceu a mim, pois quando vendemos a vivenda que o meu pai me deixou a mim e aos meus irmãos, ela porque fazia a gestão do que era meu ... gastou a seu belo prazer, nomeadamente em melhoramentos da casa que agora vendeu, e que curiosamente foi um valor bastante superior!!

Então, cadê as ajudas? que eu não as vejo!! Então só a mim me cabe a obrigação de ajudar porque sou filha?. Não lhe caberá a ela a obrigação de ajudar porque é mãe (já para não falar do resto?)

Epá, isto é mesquinho .... mas começo a ficar irritada, quando me tenta mandar areia para os olhos!!!

Estou farta de dar sem receber (e pior, pagar e ter despesas com as coisas dela), e de ter mãe só para me dar chatices, confusões, trabalho e desgostos.

A partir de hoje, vou por em pratica aquilo que sempre a vi fazer .... vou lidar com ela por interesse. Ou me paga bem, ... ou terá de pagar a alguém que lhe apare os golpes, exigências e prepotências.

A partir de hoje serei um ser humano .... desprezível ... mas otária é que não!!!!!

PS - Num tarda nada estou a chegar à conclusão que afinal o André é que a sabe toda!! Esse nunca se deixou ficar a perder!!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um telefonema com que não contava

Hoje recebi um telefonema com o qual não contava de um casal que privou muito comigo até eu ter 5 anos, e que viam em mim a filha que nunca tiveram. Por vicissitudes da vida, perdemos o contacto, mas hoje, pude ter a certeza que este casal, ambos com perto de 80 anos, têm andando durante longos anos a tentar encontrar-me, afim de saberem de mim.

Finalmente conseguiram, através de um dos meus irmãos. Foi emocionante a alegria que sentiram quando me falaram, ambos emocionados, por tantos anos de incerteza e desconhecimento ... estão conscientes que cresci, que não sou a bébé que muitas vezes lhes fiz xixi no colo, mas pelo meu dialogo, dizem reconhecer traços de uma personalidade que dizem ter nascido cedo.

Fiquei feliz, por ter alguém que vai poder contribuir para o enriquecimento da minha história de vida, que têm muitas histórias para poderem partilhar comigo, que afirmam lembrarem-se de mim, muitas e muitas vezes, pois muitas das situações vividas os marcaram para sempre.

Não os vejo há muitos anos, mas lembro-me perfeitamente de alguns convívios, recordo sempre com saudade as fotos que deles tenho no meu álbum, e sempre, mas sempre que tenho de comprar, ou observo aqueles estojos de canetas de cor, é inevitável que aquele casal me venha à memória. É que o senhor viajava muito, e trazia-me sempre inúmeras prendas, mas as mais marcantes eram sem dúvida os estojos de canetas que em Portugal eram comercializados somente com 12 cores, e no estrangeiro, por onde ele viajava, havia-os com cerca de 100 cores.

Eu ficava esfuziante de alegria, e passava os dias a fazer desenhos para oferecer a todos os amigos.
Curiosamente também eu lhes venho à memória, sempre que vêem um garrafão de agua do luso (lol), pois faz-lhes recordar uma história curiosa que tiveram comigo. Há sem duvida coisas simples que jamais esquecem, que não se apagam da memória e nos permitem uma viajar pelo tempo.

Sinceramente fiquei feliz, e 30 anos depois é impressionante a cumplicidade e o à vontade que existe ... como se 30 anos não fizessem qualquer diferença!!!!!!!!!!

Com a mania que até faço umas coisas giras

Em Junho andava entretida com as linhas e as agulhas, lembram-se? Pois bem ... o pote está concluído e ficou assim:



O que acham? Não dá uma prendinha engraçada? Podem ser feitos em vários tamanhos e com várias conjugações de cores. A utilização também pode ser a mais diversa. Estou a pensar fazer diversas bases para cobrir os frascos de vidro que tenho em cima da banca da cozinha com as massas e o arroz, pois o tratamento que o trabalho leva, permite a sua limpeza com muita facilidade!!!

Vá opinem ... digam de Vossa justiça, que eu como sou muito modesta vou ali buscar o lenço, lol!!

PS - Tinha falado também de um Poncho recordam-se? Pois .... mas como sou uma pessoa cheia de sorte, quando me faltava apenas a gola, a lã acabou ... e pior, está esgotada. Por isso mesmo, encontro-me à espera da nova colecção de lãs, que deve chegar em Setembro, para comprar o ultimo novelo, que me permite concluir o trabalho. Depois eu mostro.

Um Post Super-Hiper-Mega NOJENTONE

(Se são facilmente impressionáveis ... não leiam este post).

Há duas semanas comecei a sentir dor num dente, pelo que fui na 5ª feira ao dentista. Resumindo: Seria preciso dar inicio a um processo de desvitalização. Três anestesias depois, eis que dou com o Sr. Doutor a escavacar-me o dente todo, um trabalhinho indolor, mas que me obrigou a estar de boca aberta 1:30h.

No fim da consulta, há que agendar nova marcação. Marcámos para ontem, pelo que lá fui eu, um pouco a medo, pois aquelas anestesias complicam-me com o sistema nervoso.

Levo uma anestesia e como sempre fico na mesma. Sente esta parte?, pergunta o Dr. Confirmei que sim, pelo que lá o vejo direito a mim com mais uma porção. Esperámos uns minutos, pelo que a pergunta voltou a surgir ... e a bem da verdade, é que eu estava na mesma, a sentir tudo, e pior, estava a sentir o estomago ás voltas, uma enorme indisposição, e os vomitos a apoderarem-se de mim.

Lembrei-me que aqueles são os sintomas que tenho antes de desmaiar, pelo que fazia um esforço para me acalmar, para me imaginar numa bela praia, e não estarrecida numa cadeira de dentista. O dentista estava calmo (sim não sou a unica a ter estes trecos, lol), mas não havia meio de se calar, fazendo perguntas que me obrigavam a um esforço para lhe responder. Só por educação e por incapacidade, não lhe pedi para estar caladinho. Enfim, minutos depois já estava recomposta e a postos para iniciar mais uma sessão de desvitalização.

Uma hora depois, esta sessão estava concluída, eu estava bem disposta, embora sentisse a cara toda dormente e a boca ao lado ... mas dores, não tinha.

Vim para casa, com a triste notícia de ainda teria mais 2 sessões até concluir esta malfadada desvitalização.

Como não tinha dores, rumei ao supermercado para fazer umas compras. Ali andei às voltas afim de compor o carrinho das compras. Nos últimos corredores, já me sentia impaciente, pois estava consciente que a indisposição estava teimosa, e novamente de visita à minha pessoa.
Rapidamente dirigo-me à caixa, começo a pôr as comprinhas no tapete, e vejo a minha mãe (que nos acompanhou) pacificamente deabulando de expositor em expositor. Senti-me incapaz para a chamar, afim de a informar o quão indisposta estava. De repente, tive a noção que não havia paisagem paradisiaca que me assolasse o pensamento, que pudesse impedir o que estava prestes a acontecer.

Era oficial ... eu ia vomitar!!! Mas tinha de ser logo ali?, logo à frente de umas dezenas de pessoas? Que nojo ..., mas e agora?

Começo a olhar em redor, para ver se via algo que pudesse aparar tal nojeira. Puxo um cesto de compras de plástico, mas para meu despero, o fundo era às ripinhas, ou seja ... não valia de nada.

Tentei dirigir-me à casa de banho ... mas não havia tempo, pelo que me agaixei ... e prontos a coisa deu-se. Que NOJO!!!! Que horror, que vergonha!!! Quando a coisa passou, eis que estou rodeada pela minha mãe, por um anónimo desconhecido, e pelo chefe do Intermarché, que gentilmente me disponibilizou uma cadeirinha, afim do "amoque" me passar, e me questionava se seria preciso chamar o médico.

Em poucos minutos eu estava recomposta, e foi ver-me a dar continuidade à reposição das compras no tapete e de seguida para o carrinho (eu armada em valente, tentando disfarçar o embaraço da situação). Paguei e fiquei à espera que o funcionário da caixa fizesse a conta à minha mãe. Começo novamente a ficar indisposta, olho em redor, e constato que a uns metros, havia um caixote do lixo dos jogos da santa casa ... em caso de urgência o alvo estava escolhido, lol.

A indisposição não melhora, pelo que para evitar mais uma triste cena, arrisquei ir a correr ao WC. Pronto, não preciso de dizer mais nada, pois não?. E esta tristeza, foi repetida em vários outros episódios pela tarde, noite e serão dentro!!!

Hoje, embora não esteja nos meus melhores dias, estou melhor, pelo que me interrogo o que se terá passado? Será que as anestesias me fizeram parar a digestão? Provavelmente.

Pronto .. e aqui partilho mais um triste episódio da minha vidinha recheada de aventuras e desventuras, e aproveito para vos comunicar que não fui só eu que fiquei indisposta ... já que a minha carteira está nos cuidados intensivos, com prognóstico reservado, uma vez que este processo, a que pomposamente chamam desvitalização, me faz ficar sem 240€!!! Acho que vou ao WC, outra vez, lol!!!!!!

Fiquem bem, e tenham um excelente fim de semana!!!

Beijos

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PSICOPATA/SOCIOPATA

Ontem ao passar no Blog da minha cunhada , deparei-me com este post ... que não poderia ser mais oportuno:

Eis o que escreveu:

Medo…

Foi o que senti ao chegar à metade de um artigo que estou a ler sobre psicopatia. Quando falamos em psicopatas, o que nos vem à cabeça é a imagem de um predador, de um violador, assassino em série ou outro tipo de criminoso. Longe de nós, imaginarmos que podemos conhecer alguém que seja um psicopata. Mas, é bem provável que; senão todos, mas alguns de nós já tenhamos conhecido alguém com esta patologia. Sim; porque o psicopata não tem que ser, propriamente um assassino, um violador. A Psicopatia e, também conhecida como Sociopatia.

Importa desmistificar esta ideia, porque podemos estar a lidar diariamente com um psicopata, sem termos a noção de que aquela pessoa está realmente doente e que afinal, todas as intrigas, confusões, desacatos, mentiras e mau-estar causados pelo mesmo, não são apenas fruto de "mau feitio". Há pessoas que só se apercebem que têm lidado de perto com um psicopata, momentos antes de uma fatalidade lhes acontecer, nomeadamente o seu homicídio. Esta doença afecta mais os homens, mas também encontram-se casos de mulheres sociopatas.

Antônio de Pádua Serafim (Coordenador do Programa Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP) diz: "Há o psicopata parasitário, que só se aproveita das pessoas mais vulneráveis para conseguir aquilo que quer. Esse não adoptará, necessáriamente, uma conduta criminosa, mas provocará estrago no ambiente social."

Os principais sintomas de um psicopata são:

- Ausência de Culpa: Nunca sente arrependimento, nem remorsos. Os outros é que são os culpados de tudo o que acontece de mal e vive com a certeza absoluta que nunca erra, nem errou. Não teme a punição, por ter a certeza que tudo o que faz tem um propósito benéfico, (para ele, claro!), embora tenha a noção de que os seus actos são anti-sociais.

Quando é denunciado, recusa a reabilitação ou qualquer tratamento e na impossibilidade de fugir, simula uma mudança de carácter, para mais tarde voltar aos padrões comportamentais que lhe são característicos e até, vingar-se de quem o tentou ajudar!

- Mestres da Mentira: Para eles a realidade e a ilusão fundem-se num só conceito pelo qual regem o seu mundo. São capazes de contar uma mentira como se estivessem a descrever detalhadamente uma situação real. Não mentem apenas para fugirem de uma situação constrangedora, mas pura e simplesmente porque não sabem viver sem mentir.

- Manipulação e Egoísmo: Não tem a noção de bem comum. Desde que ele esteja bem, o resto do mundo não lhe interessa. O psicopata é um indivíduo extremamente manipulador que usa o seu encanto para atingir os seus objectivos, nunca pensando nas emoções alheias. Não reconhece a dor que provoca nos outros e por isso, usa as pessoas como peões, objectos que pode pôr e dispor conforme lhe convêm. Manifesta facilidade em lidar com as palavras e convencer as pessoas mais vulneráveis a entrarem no "jogo" dele.

Querem controlar todos os relacionamentos, impedindo que familiares e amigos confraternizem paralelamente, sem a sua presença. Para tal recorrem as esquemas, intrigas e claro, ao seu charme para se fingir amigo.

- Inteligência: O QI costuma ser acima da média. Há casos de psicopatas que conseguem passar por médicos, advogados, professores, etc, sem nunca terem frequentado uma universidade! São peritos no disfarce, excelentes auto-didactas e fazem-no na perfeição.

- Ausência de Afecto: Não são pessoas afectuosas com o próximo e enquanto pais, não são do género de "dar colo" aos filhos. Usam os filhos como "marionetas", em função dos seus próprios interesses, não respeitando as suas escolhas, quer a nível pessoal, quer profissional! Baseia os seus "métodos educativos" na humilhação e chega a ser totalmente negligente para com os seus.

- Impulsivo: Devido ao défice do superego, não consegue conter os seus impulsos, podendo cometer toda a espécie de crimes, friamente e sem noção de culpa. Costuma fintar até o teste do polígrafo, porque o seu ritmo cardíaco não se altera quando profere mentiras e nem quando comete crimes.

- Isolamento: Gostam de viver sós e quando vivem com outros, querem liderar o grupo, mesmo que para isso destrua uma família inteira."

A simpatia e o carisma de um psicopata fazem com que ele seja a imagem da pessoa ideal, o amigo que sempre quisemos ter, o namorado perfeito. Ele estuda cada traço da nossa personalidade e descobre o nosso calcanhar de aquiles. Ele pode passar a vida inteira sem dar nas vistas. Apenas fazendo aquilo que sabe de melhor; manipular as outras pessoas, aproveitar-se do próximo, desestabilizar famílias, enganar alguém para seu benefício próprio.

"Ele suga tudo o que a relação pode oferecer, de dinheiro e bens materiais, à submissão quase escravista". Diz o psiquiatra Geraldo José Ballone.

Mesmo num relacionamento amoroso, ele procura apenas benefícios próprios. Tenta extrair tudo o que é "aproveitável" da outra pessoa; status, exibir o/a parceiro/a como um troféu para os amigos.

Também no nosso trabalho podemos estar à mercê de um psicopata e não nos darmos conta disto. Um mercado de trabalho cada mais agressivo e competitivo é o cenário ideal para um sociopata construir o seu palco de teatro. Habilidoso com as palavras, com charme irresitível, convincente nas suas mentiras, ele/a ganha pontos na sua comparação com outros candidatos.



No seu livro "Snakes in Suites" (Cobras de Terno"), Paul Babiak diz: "Egocentrismo e insensibilidade tornaram-se repentinamente defeitos toleráveis na hora de buscar talentos nescessários para sobreviver num mundo de negócios acelerados." Perguntamo-nos como pode um psicopata passar despercebido por quem o entrevista. Simples. Um psicopata mente de maneira fria, calculista. Eles/as são convincentes, encantadores e conseguem transformar um punhado de conhecimentos superficiais numa tese de doutorado.

Aqui ficam algumas dicas para sabermos se estamos perante um colega psicopata.

Eles/ as não tem espírito de equipa. Não pensa duas vezes se tiver que puxar o tapete de alguém para promover-se. Assédio moral e sexual também fazem parte das suas artimanhas para conseguir o que quer. Ele/a descobre quem são as pessoas importantes e influentes na empresa, tenta ficar íntimo delas para influenciá-las em decisões que o/a beneficiem. Faz fofocas, joga informações falsas ao ar. Assume o crédito por trabalhos que não são dele/a.

O psiquiatra Robert Hare criou uma escla que mede o grau de psicopatia de um indvíduo. Para medir o nível da patologia, os psiquiatras dão valores de 0 a 2 a cada um dos 12 tópicos da escala, a partir da avaliação clínica e do histórico pessoal do paciente. Podes fazer este teste às pessoas mais próximas, mas não te assustes… lololol… segue-se o teste:

1 – BOA LÁBIA : Como um actor em cena, conquista a vítima bajulando e contando histórias mirabolantes de si próprio. Com meia dúzia de palavras difíceis, faz-se passar por sociólogo, médico, filósofo,escritor, artista ou advogado.

2 – EGO INFLADO: Ele acha-se a pessoa mais importante do mundo. Seguro de si, cheio de opinião, dominador. Adora ter poder sobre as pessoas e acredita que nenhum palpite vale tanto quanto as suas ideias.

3 – MENTIROSO COMPULSIVO: Mente tanto que às vezes não se da conta de que está a mentir. Tem até orgulho de sua capacidade de enganar. Para ele/a, o mundo é feito de caças e predadores e, não faz sentido se não se aproveitar da boa – fé dos mais fracos.

4 – SEDE POR ADRENALINA : Não tolera a monotonia e, dificilmente fica encostado num trabalho repetitivo ou num casamento. Precisa viver no fio da navalha, quebrando regras. Alguns aventuram-se em racings, outros nas drogas e uma minoria, no crime.

5 – REACÇÃO ESTOURADA: Reage desproporcionalmente a insulto, frustração e ameaça. Mas o estouro vai tão rápido quanto vem e, logo volta a agir como se nada tivesse acontecido – é tão sem emoções que nem sequer rancor ele consegue guardar.

6 – IMPULSIVIDADE: Embora racional, não perde tempo pesando prós e contras antes de agir. Se estiver com vontade de algo, vai lá e consegue tirando os obstáculos do caminho. Se passar a vontade, larga tudo. Seu plano é o dia de hoje.

7 – COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL: Regras sociais não fazem sentido para quem é movido somente pelo prazer, indiferente ao próximo. Os que viram criminosos em geral não têm preferências: gostam de experimentar todo o tipo de crime.

8 – FALTA DE CULPA: Por onde passa, deixa bolsos vazios e corações partidos. Mas por que senstir-se mal se a dor é do outro, e não dele/a? Para o psicopata, a culpa é apenas um mecanismo para controlar as pessoas.

9 – SENTIMENTOS SUPERFICIAIS: Emoção só existe em palavras. Se amorar, será pelo tesão e pelo poder sobre o outro, não por amor. Se perder um amigo, não ficará triste, as frustrado por ter uma fonte de favores a menos.

10 – FALTA DE EMPATIA: Não consegue colocar-se no lugar do proximo. Para o psicopata, pessoas não são mais do que objecto para usar para seu próprio prazer. Não ama: se chegar a casar-se e ter filhos, vai ter a família como posse, não como entes queridos.

11 – IRRESPONSABILIDADE: Compromisso não lhe diz nada – tende a ser mau funcionário/a, amante infiel e pai/mãe relapso/a. Porém, como a família e os amigos são fontes de status e bens materiais, para cada mancada já tem uma promessa pronta : "Eu mudei. Isso nunca mais acontecerá novamente."

12 – MÁ CONDUTA NA INFÂNCIA: Seus problemas aparecem cedo. Já começa a roubar, usar dorgas, faltar às aulas e ter experiências sexuais entre os 10 e 12 anos. Para sua maldade, não poupa coleguinhas, irmãos nem animais.

Agora que já fez o teste e atribuiu entre 0 e 2 pontos a cada questão, compare os resultados.

0 PONTOS : O SANTO
3 PONTOS : POPULAÇÃO EM GERAL
13 PONTOS: MÉDIA DE CRIMINOSOS
18 PONTOS: A PARTIR DAQUI É PSICOPATA
24 PONTOS: O DEMÓNIO

Fonte da Escala de Hare: WITHOUT CONSCIENSE,
The Disturbing World of the Psychopaths Among Us (1993, reissued 1999. Esta é uma versão retórica da Escala de Hare. O diagnóstico somente pode ser feito por profissionais treinados.
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Infelizmente, ao ler este post, senti-me perfeitamente consciente do seu conteúdo, e com a noção que se tivesse que enumerar as caracteristicas do André, pouco mais haveria a acrescentar!!!

No entanto, o facto de ter consciência que se trata de uma doença coloca-me uma série de interrogações relativamente às minhas obrigações/deveres como mãe. Não devem os pais estar ao lado dos filhos, principalmente quando perante uma doença? Se o meu filho tivesse uma paralesia cerebral ou trissomia 21 ou qualquer outra patologia, poderia eu ter a mesma postura que tenho para com o André? Coloquei esta questão ao meu marido, e eis que me responde, que esse tipo de doenças não destroem famílias, não matam, não violam, não roubam, não deconsideram, e não depende dos doentes terem uma atitude activa, com vista a atenuarem os sintomas da doença. A psicopatia é crónica, como muitas outras doenças, mas depende dos doentes QUEREREM tratar-se, atenuar os efeitos da mesma, com vista a uma convivência em sociedade dentro dos limites do aceitável. Infelizmente ele NÃO QUER, e enquanto o seu QUERER não chega, não podemos consentir que nos destrua, que destrua tudo aquilo que durante anos nos empenhamos em construir ... UMA FAMÍLIA!!!!

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Um beijinho muito grande para todos vocês que fazem o favor de ler o que escrevo, e que me deixam sempre palavras de encorajamento e apoio. Muito Obrigado!!!

PS - Em particular à ANGELINA, leitora assídua e amiga, aqui deixo os votos de uma boa viagem, e o desejo que tenha umas excelentes férias aqui pelo nosso Portugal. Obrigado Angelina ... por ser quem é!!!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mais do mesmo

Ontem após o dialogo que tivemos, o pai do André disse-lhe que se faz questão de ter condutas de mero delinquente, então aqui ao pé de nós não é o seu lugar, pelo que não o poderíamos ter em casa.

Há semanas demos-lhe a mão, mediante uma condição: ele procurar trabalho (até porque era isso a que ele se propunha). Todos sabemos, e nós também, que está complicado arranjar trabalho, principalmente para aqueles que não têm qualquer qualificação (como é o seu caso), restando-hes apenas tentar marcar a diferença, quiçá pela sua garra e determinação. Não é o caso do André. Se muitos se podem queixar que isto está mau, que estamos em crise, e que o mercado de trabalho está estagnado, esse alguém não é o André, já que ele nem se disponibiliza para procurar. Se ele o tivesse feito e não tivesse conseguido, seriamos os primeiros a perceber e a incentivá-lo a continuar a lutar ... pois a oportunidade mais tarde ou mais cedo acabaria por surgir.

Infelizmente, a postura dele é de completa passividade, vivendo na ilusão de que qualquer dia será "alguém" sem conseguir contudo, explicar como. Põe e dispõe de tudo quanto é nosso sem pudores, revelando um excessivo abuso e indeferença perante os nossos bens que tanto custaram e custam a ganhar.

A situação é dificil de gerir, pois este malfadado sentimento maternal não me permite desligar o botão, sem que esse gesto, implique sofrimento e dor. Gostava de me desligar, de poder pensar exclusivamente nos meus filhos mais novos, de me concentrar só neles sem me sentir magoada por ver, que tantos mas tantos jovens se esforçam, tantos e tantos sem condições lutam e conseguem atingir os seus objectivos, acabando por se tornarem cidadãos exemplares, e mesmo que não o sejam, são auto-suficientes, e embora com feitios complicados, não se vêem envolvidos nos problemas e nas redes em que o André circula.

Ontem já era noite ... não era altura para ele sair ... seria hoje o dia, em que mais uma vez sem qualquer resultado, ele tinha que sair. Aquela imagem de o ver pegar nas coisas e sair sem rumo, sem poiso certo, sem protecção, é muitoooo complicada, mas, pelo menos para nós, dado os factos passados e presentes ... seria inevitável. Ele saiu hoje, com um "até amanhã ou qualquer coisa assim" de chinelos e calções, deixando todos os seus pertences cá em casa.

Mal saiu, contactou telefonicamente a avó. Queria falar com ela, quicá para lhe pedir desculpa, mas aquelas desculpas, que não sentidas, mas que surgem somente como mote para formular um pedido. O pedido nem sequer surgiu, porque a possibilidade de diálogo não lhe foi concedida. Suspeitámos que se preparava para lhe pedir a chave da casa em que abusivamente entrou, e que retomou à posse da minha mãe na tarde de ontem. Lamentou-se à minha mãe que o pai o tinha posto na rua.

Mais uma vez, vem o discurso do pobre coitado, utilizando a situação em que se colocou, como forma de manipulação, com vista a comover todos quantos não o conhecem suficientemente bem. Este esquema já resultou melhor do que hoje em dia ... já que os que outrora o apoiaram, já sofreram na pele e pagaram caro esse apoio que lhe prestaram.

Fica ainda aqui o registo, para mais tarde recordar, já que os acontecimentos são tantos que por vezes já começo a ter alguma dificuldade em me lembrar deles, e pior, começo a desvalorizar comportamentos que são na sua génese graves, mas que a sua constante ocorrência me faz com que não lhe dê o devido valor.

Esta madrugada ao tentar aceder à minha conta bancária via net ... deparei-me com o seu bloqueamento. Contactado o banco, fui informada que a bloquearam em consequência de excesso de tentativas de acesso. Se só eu acedo, e conheço bem os códigos ... só encontro uma explicação, e não vai necessário explicar qual, pois não?.

Na semana passada, passei pelo vexame de me virem bater á porta o administrador e vice-administradora do condominio onde moramos. Tinham recebido um alerta da vizinhança, pois dois jovens (ele e outro amiguinho como ele, que as pessoas que denunciaram não conhecem,) entraram no condominio, tendo estado longos momentos em amena cavaqueira e a fumar, dentro do recinto do condominio. Pior, tinham sido deixadas duas pontas de dois charros a um canto.

Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii .....que eu devo ter ficado de todas as cores. Chamei o André para que ele próprio ouvisse a advertência dos vizinhos, tendo ele ficado impávido e sereno, sendo notórios os seus pensamentos: "mas por alma de quem eu não posso fumar dentro de um condomínio que também é dos meus pais?"

Ele não consegue perceber que para vivermos em condomínio há regras a cumprir, pelo que é legítimo aos meus vizinhos sentirem-se incomodados por verem que alguém faz de um espaço comum uma "sala" de chuto.

Mais uma vez, fiz um esforço sobrenatural para não denunciar a situação ao pai ... pois se há coisas que não tolera(ramos) é termos de nos sujeitar à humilhação de recebermos advertências ... e muito menos deste tipo. Mais uma situação lamentável!!

E pronto ... já desabafei mais um bocadinho com quem me lê.

Filipa

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Uma cena de polícias e ladrões

Hoje recebo um telefonema de uma senhora interessada em adquirir o carrinho que tenho em venda. Como a senhora não conhecia nada do concelho onde resido, resolvi combinar com ela a cerca de 30 km de distância. A minha mãe ligou-me, e como o local onde me ia encontrar para a entrega do carrinho, era perto da antiga casa dela, pediu-me para ir connosco pois seria a forma de ir buscar algumas (poucas) coisas que ainda lá tem em casa.
Consenti, pelo que lá fomos os 4 (eu, ela e os miudos). Chegámos à porta de casa dela, e eis que uma vizinha aborda a minha mãe dizendo-lhe "Oh Dona F. mas afinal a senhora já não mora cá? soube isso pelo seu neto que me bateu ontem à noite à porta para que lhe abrisse a porta do prédio para entrar. Eu ainda lhe perguntei porque é que ele não lhe pedia a si para lhe abrir a porta, ao que ele me respondeu que a senhora já não vive cá!!"

A minha mãe tentou disfarçar, mas ficou branca como a cal, e isto porque:

O André ontem pela manhã, sem dar satisfações a ninguém, rumou a Loures, afim de ir comemorar os 9 meses de namoro, e o aniversário de hoje, tendo antes de seguir viagem passado pela actual casa da minha mãe, afim de lhe cravar dinheiro. Como a minha mãe não lhe deu (pelo menos pelo que diz) saiu de lá aos gritos e a bater com as portas, deixando a minha mãe envergonhada perante a nova vizinhança.

Isto era o que se sabia. Mas hoje, o dialogo da vizinha denunciou-o segundos antes da minha mãe poder constatar o facto por si só. Afinal, ontem ele terá aproveitado para furtar as chaves da casa antiga (mas que ainda está na posse da minha mãe) para lá ir pernoitar. O que ele não contava foi que nestes dias surgisse a oportunidade de lá nos deslocarmos.

Liguei-lhe. Perguntei-lhe pelas chaves, ao que como sempre, me responde com um ar de inocente: "Quais chaves? não sei do que estás a falar!!!" Voltei a dizer-lhe que não brincasse comigo pois eu estava à porta de casa da avó onde uma vizinha tinha confirmado que ele lá pernoitara, e onde nos tinhamos deparado com a ausência das chaves do porta-chaves.

Perante a minha insistência lá assumiu que tinha as chaves (uma melhoria em relação a passado, em que me obrigava a estar horas a provar-lhe que ele tinha o que eu alegava que me tinha sido furtado).

Afirmou estar no restaurante dos avós (sim porque como faz anos, foi visitar os avós na esperança de lhe ser feita alguma oferta). Disse-lhe que estava à porta de casa aguardando as chaves. Pediu-me que as fosse buscar (a 15 km de distância). Disse-lhe que não iria e fiquei à espera. Esperei e desesperei. Voltei a ligar, e ele pacientemente, lá me foi dizendo que só tinha camioneta passados 45 minutos. Claro está, que me pus a caminho do restaurante dos meus sogros num esforço brutal para não chegar lá transtornada.

A cerca de 1 km do restaurante, lá o vejo a ele e à namorada, que com a maior das simplicidades me pede para lhe abrir a porta da carrinha, para irmos todos a casa da avó já que ele e a namorada têm lá coisas deles. Claro que peguei nas chaves e disse-lhe que ele só poderia estar a brincar. Ficou apiado. Fomos a casa da minha mãe, tirámos o que a minha mãe pretendia e as coisinhas dele e da namorada lá ficaram (não quero saber se fazem ou não falta).

Recebi entretanto dezenas de telefonemas e sms, porque ele, tão estúpido ficou convencido que as otárias iam ficar à porta, à espera que V. Exa chegasse, para retirar o que colocou numa casa em que abusivamente entrou.

E pronto ... agora está na rua, de chinelo e calcão, bem ao seu estilo, e aqui fica a certeza que o seu dia de aniversário é sempre marcado desde à 5 anos por um incidente grave e desagradável!!!

Agora tenho a minha mãe cheia de medo que ele lhe vá bater à porta de casa às tantas da manhã, pelo que ficou com o nº da GNR para lhes ligar caso haja algum incidente!!!

Não contente com isto, vou armada em parva para o recinto comercial onde tinha combinado o encontro para a troca de carrinho, esperei e desesperei e senhora nem vê-la .... FONIX!!!!

Socorro ... eu confesso que isto são aventuras e desventuras, para as quais já não tenho a resistencia de outrora!!!!

PS - E eis que às 21:00 o vejo chegar impávido e sereno, como se a tarde de hoje e os seus acontecimentos não tivessem ocorrido. Vai daí, reunião familiar convocada, uma serie de questões colocadas, para as quais nunca obtemos resposta, e o super-homem fica sempre cabisbaixo, com ar de cachorrinho arrependendido, e tal é o ar de arrependimento, que quase nos dá vontade de lhe pedir desculpa ..... coisa que como é obvio não acontece, pois embora desgastados não estamos senis!!!

Resumindo: Não estamos para isto. Não temos capacidade para vivermos com alguém em quem não confiamos, que diariamente com os seus comportamentos nos apunhala pelas costas, e que nos vê como os Otários que por amor o vamos apoioando na estupida esperança, que o que passa pela vida, o faça pensar e mudar, e que possa então agarrar a oportunidade que lhe damos. Ainda não foi desta, pelo que cada vez mais, a esperança é ténue, se é que ela ainda existe.
Filipa

19 ANOS DE TORMENTO

Hoje seria um dia em que naturalmente me sentiria feliz, abençoada, agradecia a Deus pela possibilidade que me deu de ser mãe .... mas curiosamente hoje é um dia triste, que me faz obrigatoriamente recordar o passado e tristemente constatar que a vivência com este ser que gerei e trouxe ao mundo é tudo menos aquilo com que sonhei. Não se trata de capricho, não se trata de uma contrariedade, mas sim deuma constatação brutal, por verificar que tenho um filho com o qual em nada me identifico. Com um filho que consegue sempre surpreender-me ... pela negativa. Com um filho que me envergonho de ter, com um filho que pese embora os meus defeitos eu não merecia ter!!!

Sei que estas palavras são duras, mas a verdade é que as mesmas expressam o meu verdadeiro sentir!!! É assim que penso, é assim que sinto, e prova disso é que hoje em amena cavaqueira com pessoas conhecidas, cujo tema era gravidez e nascimentos, me senti envergonhada e por isso me remeti ao silêncio preferindo ocultar que faz hoje 19 anos que fui mãe. Sinto-me em dívida para com a sociedade por ter gerado um ser que nada de bom trás a este mundo, que se revela incapaz de amar quem quer que seja, de ser solidario, que se dá com quem o rodeia unica e exclusivamente para lhes estorquir dinheiro, que é capaz de ver quem o rodeia a sofrer e se mostra indiferente, frio e calculista.

Vive e relaciona-se com os outros com um unico objectivo ... estorquir dinheiro, sem trabalho, de uma forma desonesta e ilegal. Por mais que eu me esforce, é impossivel ter compaixão por ele, porque ao longo dos anos, ele tem apunhalado o meu amor, a minha dedicação, condescendência e capacidade de dialogo. Hoje sinto-me distante, fria, incapaz de perceber esta forma estranha de vida, com a qual não quero contactos e que sempre desprezei.

Concebo a vida como uma oportunidade para sermos felizes, competindo-nos a nós fazer por isso. Temos de nos dedicar, trabalhar arduamente para ultrapassar-mos as agruras da vida, pelo que a nossa felicidade depende em alguma medida de nós próprios. E é essa falta de actividade que me faz muita confusão no meu filho. Ele imagina-se com uma boa casa, um bom carro, boas roupas, com disponibilidade financeira para poder gastar em saídas ... mas nada faz para que isso aconteça. Não quis estudar, não quis abaraçar uma profissão e estranhamente passa os dias a brincar ao Hi5 em vez de procurar trabalho. mesmo tendo recebido um ultimato que teria de sair de casa no próximo dia 31/08 caso não procurasse trabalho, o fez mexer-se. Quando questionado se procurou trabalho responde-nos redondamente que não, mostrando apenas preocupação com o estado de tempo e com a vontade de se ir estatelar na esplanada exibindo o seu bronze.

Qualquer tentativa para explicar a minha indignação fica aquem da vivência diária com um pessoa como ele. As faltas de respeito e consideração são o prato do dia ... sendo a palavra EXTORÇÃO a palavra de ordem.

Sinto-me triste, desiludida, mas continuo com a minha consciência tranquila, pelo menos em relação a ele. Em relação ao mundo ... sinto-me em dívida, por não ter conseguido oferecer uma mais valia a esta sociedade!!!!

Filipa

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Precisa de Novos Donos ... com urgência, lol!!!

Já estou cansada de o ver cá por casa, e de lhe limpar o pó, por isso, aceitam-se propostas mesmo indecentes, ok? Já é usado, mas é de raça (Pré-Natal), lol!!!




Características: Modelo Trotter (4) usado, mas perfeitamente utilizável. Rodas giratórias/fixas, travões dianteiros/traseiros, costas reclináveis e adaptáveis às necessidades da criança, apoio de braços e pés, capota de sol e protecção de chuva, cesto porta objectos. Resistente, maleável e prático.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Assim Andamos

Explicar o que se tem passados nos últimos dias não é propriamente fácil, mas vou tentar.

O André ainda anda cá por casa .... ou melhor, teoricamente está cá em casa com todas as suas tralhas, mas há dias que não lhe pomos a vista em cima, pois todos os argumentos são válidos para se escapar cá de casa. Chegou ontem de manhã ... após 2 dias fora, mas hoje pela manhã já fugiu para os lados da costa de caparica, onde vai permanecer em casa dos amigos por mais dois dias. Fixe!! Só posso concluir que deve estar a gozar o subsidio de férias.

Isto pode parecer uma obsessão, mas a serio que me complica com o sistema nervoso ele não trabalhar, levar os dias na farra, e o pouco tempo que passa em casa, passa a brincar com os jogos do hi5.

Quando lhe perguntamos após vê-lo horas no computador se ao menos já se dignou a ir ao sites de ofertas de trabalho, responde-nos sem qualquer constrangimento que NÃO!!!
Temos tido calma, temos chamado a atenção que tem até ao fim do mês para procurar trabalho ... mas todos os dias ele parece fazer questão de nos fazer ver QUE NÃO QUER TRABALHAR. Ora se assim é, não é legítimo que nos sintamos a ser explorados? afinal para ele estar no computador a brincar não tem que haver alguém que se levanta todos os dias de madrugada para ir trabalhar? Pronto, isto pode parecer estupido ... mas é assim que sentimos.

Optámos por lhe dizer que não queriamos que contribuisse com as despesas da casa, mas que com isso pretendiamos que ele juntasse dinheiro, para poder tirar a carta de condução e endireitar a vida dele, arranjar um trabalho com alguma estabilidade que lhe permita auto-sustentar-se. O André parece ter interpretado essa situação, como necessitando então de algum "biscate" que lhe permita pagar os vicios, já que o restante os pais que paguem!!!

Enfim, aguardamos pacientemente ou talvez não o fim do mês.
Paralelamente a esta inércia, a falta de consideração e respeito do André é gritante. Eu tenho andado a embalar e a encaixotar tudo o que é da casa da minha mãe, tenho andando com ela às compras para a casa nova, e como ela não quis desfazer-se da mobilia de quarto que tinha, prontifiquei-me a pintá-la ... e está um espectáculo. Quem vai pintar a casa a partir de domingo sou eu, e quando confrontado com o facto de nos ouvir planear tudo isto, e não se oferecer para fazer nada, responde-me que não tem obrigação nenhuma .... pois eu é que sou filha!!! Ele é neto!!!!

Claro que esta afirmação deu pano para mangas, pois afinal de contas ele só é neto para a avó lhe dar tudo, lhe aparar os golpes, e pagar as mensalidades das suas estadias, pois quando chega à altura de haver alguma contrapartida, ele descarta-se.

É chocante o desprezo com que ele lida com a situação. Não se prontifica a fazer o que quer que seja, nem em casa, nem na casa da avó. O pensamento dele é só festas, namorada e praia ... SÓ!!!!

Faz da nossa casa ... uma pensão, onde dorme quando calha, come quando chega a horas, e sai sem dia e hora para regressar!!! Que raio de vida esta!!!!
Eu ando embrenhada em pinturas, caixas, bibelot´s, roupas, loiças, etc ... e ele com o maior desprezo ainda me pergunta: "mas afinal de contas o que é que tu tens a ganhar em fazer isso"

Mas será possível que ele ainda não tenha percebido que a avó não tem mais ninguém de família? Será que ainda não deu conta que eu sou filha unica, e apesar de ter muitas coisas atravessadas contra a minha mãe, tenho a obrigação de ajudar, quando precisa de mim? Não, ele não percebe ... o que me faz ter a certeza que se alguma vez eu dele precisar, mais depressa um desconhecido me ajuda do que ele.

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Na passada semana, a Rita esteve na "Academia Divertida" do Jardim de Infância de Mafra. Este programa de actividades é organizado pela Câmara, e consagra várias actividades como ida à praia, piscina, teatro, cinema, parques, etc. Combinei com mais 2 mães do infantário dela e inscrevemos as 3, e foi vê-las alegres e contentes durante toda uma semaninha a curtir as férias juntas. A Rita adorou ... pelo que ficou a promessa que para o ano há mais!!!

E pronto ... já fiz as queixinhas todas!!!

Beijinhos grandes para todos, e em especial para quem teve o cuidado de querer saber como andamos. OBRIGADO!!!