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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Profissão ... Mãe!!!

(retirado do site: www.dobebe.com)

Uma pequena história que ilustra a eterna descriminação pela profissão Mãe, enviada por uma nossa utilizadora.

«Uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carta de condução. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.

"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
"Claro que tenho um trabalho", exclamou Anne. "Sou mãe."
"Nós não consideramos 'mãe' um trabalho. 'Dona de casa' dá para isso", disse o funcionário friamente.

Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica.

A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante, do género 'oficial inquiridor'.

"Qual é a sua ocupação?" perguntou.

Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:

"Sou Pesquisadora Associada no Campo do Desenvolvimento Infantil e das Relações Humanas."

A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.

Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.

"Posso perguntar", disse-me ela com novo interesse, "o que faz exactamente nesse campo?"

Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me a responder:
"Tenho um programa permanente de pesquisa (qualquer mãe o tem), em laboratório e no terreno (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Trabalho para os meus Mestres (toda a família), e já passei quatro provas (todas meninas). Claro que o trabalho é um dos mais exigentes da área das humanidades (alguma mulher discorda???) e frequentemente trabalho 14 horas por dia (para não dizer 24...).

Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente me abriu a porta.

Quando cheguei a casa, com o trofeu da minha nova carreira erguido, fui cumprimentada pelas minhas assistentes de laboratório - de 13, 7 e 3 anos.
Do andar de cima, pude ouvir a minha nova modelo experimental (uma bebé de seis meses) do programa de desenvolvimento infantil, testando uma nova tonalidade da voz.

Senti-me triunfante! Tinha conseguido derrotar a burocracia! E fiquei no registo do departamento oficial como alguém mais diferenciado e indispensável à humanidade do que "uma simples mãe"! Maternidade... Que carreira gloriosa!

Especialmente quando se tem um título na porta. Assim deviam fazer as avós: "Associada Sénior de Pesquisa no Terreno para o Desenvolvimento Infantil e de Relações Humanas" e as bisavós: "Executiva-associada Sénior de Pesquisa". Eu acho!!!
E também acho que para as tias podia ser "Assistentes associadas de Pesquisa".»

Texto enviado por Susana Alves

(Retirado do site: www.dobebe.com)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mais uma caixinha

Estou a pensar em deitar mãos à obra e fazer uma mão cheia destas caixinhas, para tentar vender pela altura do Natal. O que Vos parece a ideia? Acham-nas passíveis de serem comercializadas? Acham que dariam umas lembranças engraçadas? Vá opinem, para que eu pondere a hipotese de começar a fazer em serie, lol!!

PS - Esta ainda não está terminada, pois falta-me fazer os acabamentos com a colocação de alguma decoração extra.


Picada de Abelha

Quando eu era pequena, segundo consta, era muito teimosa (algo que me passou naturalmente ao longo dos anos, lol).

Um belo dia, ao ver a minha mãe a lavar roupa no tanque, apeteceu-me ir mexer no detergente da roupa (Presto). A minha mãe ia lavando a roupa, ordenando-me que não mexe-se no Presto, pois num tarda estava tudo entornado, e que eu estava a ser teimosa, e que estava a precisar era de ficar de castigo, e blá,blá,blá.

Eu, continuava fazendo ouvidos moucos, para desespero da minha mãe. A dada altura lanço um grito, que pôs as lavadeiras expectantes. A minha mãe logo se apressou a ver o que se tinha passado e eis que exclama: Estás a ver?, se não tivesses a mexer no Presto a abelha não te picava!!!!

Fiquei sempre convicta que a abelha me picara por esse motivo ... até há uns dias, em que também o Di foi mordido, e não estava a mexer no Presto!!!!!


(Foto retirada)

Obrigado

Há serviços, que desempenham uma importante função. Felizmente a Vertbaudet avisou-me atempadamente que o meu filho está quase a fazer anos!! Obrigado do fundo do coração!
Já agora não se importam de me voltar a lembrar na vespera, ou mesmo no próprio dia? É que ainda faltam uns dias e não vá eu esquecer-me!!!!
Obrigado

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Otária é que NÃO!!!

Estou tão danada, tão danada, tão danada, que provavelmente este post vai cheirar a fel.

Sinceramente chego à triste conclusão que só me tenho saído mal a ser educada, compreensiva, e tentar por agua na fervura mediante os conflitos que na minha vida têm surgido.

Não sou, nem nunca fui materialista, e talvez no meu caso isso não essa uma virtude mas um enorme defeito que me têm lesado fortemente.

Como já vos disse em tempos, a minha mãe tem-se apoderado de tudo quanto é meu, e educou-me fazendo-me ver que enquanto eu estivesse na casa dela, o meu ordenado lhe deveria ser entregue por forma a ela fazer a gestão do mesmo a seu belo prazer, alegando, como sempre o fez, que eu tinha um filho para sustentar. Nunca contestei a medida, até porque na sua génese concordava com ela. Fui assim educada e sempre consenti, sem colocar questões ou sem me sentir chocada com a medida. Contudo ao longo dos anos, e conforme a minha vida foi mudando, fui-me apercebendo que afinal ela estava a usar para seu governo um dinheiro que era meu por direito/moral, pelo que afinal quem a sustentava era eu, já que ela aproveitou o seguro e o voto de confiança do meu pai para investir o dinheiro numa casa donde ainda hoje tira proveitos.

Eu aluguei casa, quando fui viver com o meu actual marido, nós comprámos casa e nunca aquela alminha se disponibilizou para abdicar desse bem, para me devolver o que era meu.

Agora com 70 anos, já sente que sozinha não tem capacidade para arcar com os inconvenientes de ter uma casa para alugar, pois há limpezas para fazer, mostrar a casa aos interessados, deslocações para esse efeito, contactos telefónicos, realização de contratos, etc, e então, tem sobrado para mim todos esses inconvenientes.

Tudo isto até seria normal ... mas a verdade é que esta minha disponibilidade me aviva a memória e me relembra que estou a ser usada para além de roubada. Mas afinal de contas qual é o meu papel nisto tudo? Não estou eu a fazer de Otária? Não será isto um abuso à minha capacidade de deitar para trás das costas estas questões?

Ontem levámos o dia de volta da nova casa dela, a montar cortinados, limpar estores e vidros e a montar candeeiros, já que a minha mãe, embora não o sendo, parece estar perfeitamente paralitica. Não mexe uma mãozinha para nada. Assim nós (eu e o meu marido) trabalhámos que nem uns doidos enquanto ela goza as vistas e o meu dinheiro.

E então, não será normal, eu ter alguma contrapartida? Ou a minha educação tem de dar para tudo? Por alma de quem é que tenho de trabalhar para ela? Devia ser por amor e consideração, mas sinceramente, os abusos dela são tão evidentes, que não tenho vontade de lhe fazer nada.

Hoje veio novamente para me pedir para a levar à Parede por causa da dita casa. Foi o suficiente para mais uma vez a lembrar que se tomou a decisão de se apoderar de algo que é meu, para dele tirar rendimento, que então tem de estar com a mesma disponibilidade/capacidade, para arcar com os inconvenientes disso mesmo, porque eu já começo a ter alguma dificuldade em engolir tantos sapos e desconsiderações.

À uns dias ouviu-me queixar-me do dente e dizer que o que me dava jeito era um seguro de saúde. E não é que ainda teve a distinta lata de me dizer que lamentavelmente não me poderia ajudar. Epá eu faço um esforço sobrenatural para não explodir ... mas hoje não consegui, pelo que lá lhe disse mais uma vez, que ela não é séria, e que eu estava cansada de a ajudar, e eis que me responde ... então e eu não te tenho ajudado? (ai agarrem-me ou internem-me no manicómio mais próximo). Ajudado?, mas em quê, que eu não dei conta.

Claro que ela explicou. É que há cerca de 2 anos, ela entendeu que eu estava muito gorda (e entendeu bem) e incentivou-me e pagou um tratamento de emagrecimento na Persona.

Quando ela me diz isto, conseguiu fazer vir ao de cimo o que de pior há em mim, pelo que lá lhe tive de relembrar que ela pagou voluntariamente o tratamento porque mo quis oferecer, contrariamente ao que me aconteceu a mim, pois quando vendemos a vivenda que o meu pai me deixou a mim e aos meus irmãos, ela porque fazia a gestão do que era meu ... gastou a seu belo prazer, nomeadamente em melhoramentos da casa que agora vendeu, e que curiosamente foi um valor bastante superior!!

Então, cadê as ajudas? que eu não as vejo!! Então só a mim me cabe a obrigação de ajudar porque sou filha?. Não lhe caberá a ela a obrigação de ajudar porque é mãe (já para não falar do resto?)

Epá, isto é mesquinho .... mas começo a ficar irritada, quando me tenta mandar areia para os olhos!!!

Estou farta de dar sem receber (e pior, pagar e ter despesas com as coisas dela), e de ter mãe só para me dar chatices, confusões, trabalho e desgostos.

A partir de hoje, vou por em pratica aquilo que sempre a vi fazer .... vou lidar com ela por interesse. Ou me paga bem, ... ou terá de pagar a alguém que lhe apare os golpes, exigências e prepotências.

A partir de hoje serei um ser humano .... desprezível ... mas otária é que não!!!!!

PS - Num tarda nada estou a chegar à conclusão que afinal o André é que a sabe toda!! Esse nunca se deixou ficar a perder!!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um telefonema com que não contava

Hoje recebi um telefonema com o qual não contava de um casal que privou muito comigo até eu ter 5 anos, e que viam em mim a filha que nunca tiveram. Por vicissitudes da vida, perdemos o contacto, mas hoje, pude ter a certeza que este casal, ambos com perto de 80 anos, têm andando durante longos anos a tentar encontrar-me, afim de saberem de mim.

Finalmente conseguiram, através de um dos meus irmãos. Foi emocionante a alegria que sentiram quando me falaram, ambos emocionados, por tantos anos de incerteza e desconhecimento ... estão conscientes que cresci, que não sou a bébé que muitas vezes lhes fiz xixi no colo, mas pelo meu dialogo, dizem reconhecer traços de uma personalidade que dizem ter nascido cedo.

Fiquei feliz, por ter alguém que vai poder contribuir para o enriquecimento da minha história de vida, que têm muitas histórias para poderem partilhar comigo, que afirmam lembrarem-se de mim, muitas e muitas vezes, pois muitas das situações vividas os marcaram para sempre.

Não os vejo há muitos anos, mas lembro-me perfeitamente de alguns convívios, recordo sempre com saudade as fotos que deles tenho no meu álbum, e sempre, mas sempre que tenho de comprar, ou observo aqueles estojos de canetas de cor, é inevitável que aquele casal me venha à memória. É que o senhor viajava muito, e trazia-me sempre inúmeras prendas, mas as mais marcantes eram sem dúvida os estojos de canetas que em Portugal eram comercializados somente com 12 cores, e no estrangeiro, por onde ele viajava, havia-os com cerca de 100 cores.

Eu ficava esfuziante de alegria, e passava os dias a fazer desenhos para oferecer a todos os amigos.
Curiosamente também eu lhes venho à memória, sempre que vêem um garrafão de agua do luso (lol), pois faz-lhes recordar uma história curiosa que tiveram comigo. Há sem duvida coisas simples que jamais esquecem, que não se apagam da memória e nos permitem uma viajar pelo tempo.

Sinceramente fiquei feliz, e 30 anos depois é impressionante a cumplicidade e o à vontade que existe ... como se 30 anos não fizessem qualquer diferença!!!!!!!!!!

Com a mania que até faço umas coisas giras

Em Junho andava entretida com as linhas e as agulhas, lembram-se? Pois bem ... o pote está concluído e ficou assim:



O que acham? Não dá uma prendinha engraçada? Podem ser feitos em vários tamanhos e com várias conjugações de cores. A utilização também pode ser a mais diversa. Estou a pensar fazer diversas bases para cobrir os frascos de vidro que tenho em cima da banca da cozinha com as massas e o arroz, pois o tratamento que o trabalho leva, permite a sua limpeza com muita facilidade!!!

Vá opinem ... digam de Vossa justiça, que eu como sou muito modesta vou ali buscar o lenço, lol!!

PS - Tinha falado também de um Poncho recordam-se? Pois .... mas como sou uma pessoa cheia de sorte, quando me faltava apenas a gola, a lã acabou ... e pior, está esgotada. Por isso mesmo, encontro-me à espera da nova colecção de lãs, que deve chegar em Setembro, para comprar o ultimo novelo, que me permite concluir o trabalho. Depois eu mostro.